terça-feira, 4 de maio de 2010

Bulling parte 2 - Matheus Maylasky

É perseguição...não é..?!
Pois bem, estava eu indo pela primeira vez na colégio, Instituto Educacional Matheus Maylasky, quinta séria B, tão logo passei pelo portão da escola, próximo ao mastro da bandeira do Brasil asteada no centro do pátio, véio um garoto gordinho, baixinho e folgado, de cabelo preto tipo curumim e baixou minha calça elástica da marca adidas, nesse momento todo mundo me conheceu simultâneamente, o garoto das cueca branca...uiiiiiii, que horror!!!
então rapidamente, abaixei e subi minhas calças mais rápido que luz... e encarei o sujeito, no exato momento grudando ele pelo braço e exigindo explicações....qual é a sua meu ?! , disse eu.... o rapaz pálido respondeu tremulo é só brincadeira de novato, desculpe !! disse ele, eu respondi nunca mais se atreva !!  falei com o dedo na cara do sujeito... e continuei meu caminho até a sala, passei pelo corredor da escola com piso de madeira e vitros na cor marrom escuro e segui para o piso superior, chegando lá na sala, me deparei com grupo de repetentes que mais pareciam pertencer ao colegial... de tão velhos; mal sentei em minha carteira e dois grandalhões pegaram um garotinho o carregaram até a lousa e com suas costas usavam de apagador...todos na sala riam e riam até eu, por que foi engraçado de verdade, quando o Bulling acontece com os outros parece legal, mas no fundo é um total desrespeito ...
segue.... mais no proximo episódio

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Bulling...vc já passou por isso ?? eu já !!

Em toda escola que frequentei sempre me deparei com esse mal social, o mais forte atormentava sempre o mais fraco, mais feio, o pobrezinho, o mestiço e toda forma de preconceito que todo estupido carrega em seu DNA familiar de pouca educação e podemos notar esse grande problema que é disseminado lentamente em filmes e desenhos, o mais esperto, astuto sempre levando vantagem sobre o mais educado e politicamente correto, e de certa forma  parece que a nova cultura que prevalece hoje nos lares é a manda quem pode obedeçe quem tem juizo...

A minha história é a seguinte... estava eu em 1982 estudando na Escola EEPG. Antônio Padilha, na terceira para quarta série tinha cerca de dez anos de idade.

Todo dia saia de minha casa na rua Padre Luiz,92 centro da cidade em direção a escola, passando pelo portão da escola caminhava pelo pátio até a escadaria que levava os alunos para as salas de aula, quando começava a subir as escadas, aparecia um grupinho por traz de mim e com as mãos empurravam e derrubavam meu material escolar, estojo, cadernos e livros no chão e quando não se contentavam em apenas derrubar, também chutavam longe de mim. Sempre que isso ocorria aparecia uns amigos normais que sabiam bem como era vergonhoso viver aquela situação e me ajudavam a juntar tudo e seguir para aula.

Mas não bastava ser alvo de constrangimento, as vezes puxavam minhas calças para baixo na frente de meninas, despenteavam meu cabeço, exigiam lanche, até que um dia ultrapassou a barreira da estupidez e cuspiram em meu rosto....isso foi o fim pra mim....precisava mudar urgente essa situação.

Chegando em casa contei tudo para minha mãe Olinda, que ficou horrorizada, e me perguntou mas como um atleta de judô faixa amarela sofre esse tipo de maus tratos na escola e não faz nada ?? e eu expliquei que era proibido usar o conhecimento dos golpes contra as pessoas, eu tinha que agüentar calado, pois eu sabia que podia machucar aquelas pessoas que se achavam superiores.

Minha mãe não se deu por vencida e foi até meu Professor de judô Dr. Julio Sakae Yokoyama e contou tudo que eu estava sofrendo na escola... meu professor me chamou e disse Giuliano meu filho você esta autorizado a usar seus conhecimentos de judô e se defender de uma vez por todas.

No dia seguinte fui pra escola como de costume, logo na entrada apareceu meu desafeto que veio quente pra derrubar meu material no chão, me empurrou e tentou me derrubar e ele percebeu naquele momento que não ia mais tolerar e aceitar suas provocações e ficou cara-a-cara, olhando para mim, nariz-a-nariz, olho -no-olho e me disse isso não vai ficar assim não ...falô mano....se liga....vamo vê essa parada na saída da escola vamo vê se você é homem de verdade e vai encarar ... nesse instante surgiu a inspetora de alunos que nos levou até a sala do Diretor, ficamos na sala uns quarenta e cinco minutos, um de cada lado da sala encarando um ao outro e nada do diretor aparecer, quando apareceu olhou para nos e dispensou, dizendo já pra sala de aulas os dois e não quero ver mais os senhores aqui....enfatizou.

Nesse instante minha garganta secou, meu coração disparou, meus joelhos começaram a tremer sem controle, uma descarga de adrenalina passou por mim... e fui para a sala de aula...os minutos pareciam horas, as horas pareciam dias...na hora do intervalo eu não desci no pátio, mais conhecido como recreio, quando o pessoal subiu de volta a sala todos estavam falando sobre a briga que ia acontecer na saída da escola.

Passou mais umas horas e o sinal tocou...TRIMMMM.....todos saíram correndo para frente da escola, eu bem devagar e calmamente sem pressa, arrumava meu material e iniciava minha retirada da escola lá fora escutava gritos...hê,hê,hê,ê,ê,ê.... todos aguardavam o duelo....

Nem bem cheguei na esquina o rapaz grudou em meus cabelos por traz enquanto colocava meu material no chão, de repente grudei em seus cabelos também agachado e dei um golpe de judô que fez o rapaz ficar estirado no chão e desmaiado, levantei e fui embora para minha casa, se achando o fenômeno, todos que assistiram a luta ficaram pasmo e boquiaberto.

No dia seguinte fui para escola me achando o cara mais durão, pois tinha enfrentado o rapaz que atormentava todos na escola. Chegando lá o rapaz apareceu na minha frente e disse hoje você vai ver quem é mais forte, vai ter revanche e eu disse tudo bem pode esperar na saída a gente vê quem pode mais... e assim passou a manhã todos aguardavam a revanche e eu nem fiquei ansioso assisti as aulas normalmente as pessoas viam até mim dando o parabéns por ter enfrentado o individuo e vamos ver na saída boa sorte.... e o sinal chegou ...TRIMMM......todos fora para rua, na esquina da escola havia um posto de gasolina, hoje não existe mais o posto, mas estava o rapaz ali em minha frente pela segunda vez, quando coloquei o material no chão, ele veio enfurecido correndo em disparada na minha direção, não tive duvida, usei sua própria força contra ele mesmo e dei um golpe de judô fantástico, segurei ele pelas mãos, deitando de costas e colocando os pés em seu abdômen e o arremessando para longe, ele caiu de costas no chão ficou sem oxigenação e desmaiou, depois dessa nunca mais ninguém naquela escola mexeu comigo ou com meus colegas e fui consagrado o garoto prodígio até as meninas mais velhas me achava bonitinho....

Para enfrentar o dilema do bugging é necessário coragem da parte do ofendido, em denunciar e por último opção enfrentar o desafeto em vias de fato, brigando e agredindo, pode ser que você não vença, mas quantos perdem suas lutas sem menos tentar....
A vida é repleta de desafios e os mais elementares fazem a diferença na condição psicologica de sobreviver.

Toledo – passando a limpo.